quinta-feira, 3 de julho de 2014

Resenha 
O Teorema de Katherine-John Green 




   Quando se trata de John Green eu não penso duas vezes antes de começar a ler os livros dele, e com O Teorema Katherine não foi diferente.
  Em O Teorema Katherine, conhecemos Colin Singleton, um garoto prodígio viciado em anagramas e que tem um carma com Katherines, pois seus relacionamentos (19 no total), foram todos com garotas com o mesmo nome e acabaram mal (ou quase isso).

Colin conhece Katherine. Katherine gosta de Colin. Colin e Katherine namoram. Katherine termina com Colin. É sempre assim. 

   Então, depois de todos esses foras e uma desilusão amorosa, Colin parte com Hassan, seu melhor amigo, para uma viagem e acabam no Tennessee onde conhecem Lindsey e a vida dos dois começa a mudar. 
   
Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem – Deus o livre – Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas – cada uma, individualmente falando – terminaram com ele.”

  Colin é um personagem interessante, com seus pensamentos de “gênio matemático” e teoria diverte o leitor e traz traços de outros personagens do John Green, mas prefiro não comparar os livros dele, já que não tem ligação nenhuma.
   Colin adotou a missão de elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever com pura matemática o desfecho de qualquer relacionamento.

“Eu não acho que seja possível preencher um espaço vazio com aquilo que você perdeu. Não acho que nossos pedaços perdidos caibam mais dentro da gente depois que eles se perdem. Agora foi a minha ficha que caiu: se eu de alguma forma a tivesse de volta, ela não encheria o buraco que a perda dela deixou.”

   Ao longo do caminho, Colin percebe que talvez seja a hora de deixar um pouco os fatos e teorias de lado e se entregar aos prazeres da vida dando chances ao destino.
  O livro é cheio de gráficos e fatos aleatórios, que podem confundir o leitor num primeiro instante, mas logo a narrativa de John Green se sobrepõe aos fatores matemáticos e torna a leitura de O Teorema Katherine uma experiência com momentos engraçados e pensativos, assim como em A Culpa é das Estrelas (sem a parte triste).

Aquele sorriso seria capaz de pôr fim a guerras e curar o câncer

   A narrativa do John Green continua sensacional e tanto a tradução, quanto a capa, está muito bem feita. Esse livro exigiu um cuidado especial na hora da tradução, já que boa parte dos anagramas apresentados no livro perderia o sentido se fossem traduzidos sem fundamentos matemáticos e rítmicos, dando uma identidade para o livro.
  Recomendo para os leitores fãs de John Green, e também para aqueles que gostam de histórias inusitadas e divertidas. Não se preocupe com os fatores matemáticos do livro, pois o próprio autor confessou nas notas finais do livro que nunca foi fã de matemática e pediu ajuda de um especialista para desenvolver os teoremas e derivados do livro.

Helesanbimalena :)

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