quinta-feira, 3 de julho de 2014

Resenha

Cidades de Papel-John Green





   Tudo começa quando Margo Roth Spiegelman, a “gostosa” e popular “cujo as histórias de aventuras épicas se espalhavam pela escola como uma tempestade de verão”, invade o quarto do centrando e nerd Quentin Jacobsen com uma proposta bem esquisita. Quentin aceita (afinal, quem não aceitaria fazer qualquer coisa de Margo pedisse?), mas mal sabe ele que morar ao lado dessa gata foi a pior coisa que lhe aconteceu.
" Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que estão erradas. E vamos estragar algumas que estão certas. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra."
  
   Margo tem 11 coisas secretas bizarras para fazer e envolve Quentin nisso, mas ele só sabe que não haverá um delito. Quentin Ajuda Margo na missão e volta para casa atônito pelas coisas que fez e com quem fez (se você não percebeu ainda, Quentin tem uma queda pela “gostosa” da história) e a tempo de ir para a escola. Seus pais psicólogos, que o tornaram centrado emocionalmente, não desconfiam de nada.  Até esse momento da história a obra é apenas um ótimo livro de John Green, mas depois disso, ele se torna UM ÓÓÓÓÓÓTIMO LIVRO DE JOHN GREEN.
"você vai para as cidades de papel e nunca mais voltará."
  Quentin vai para a escola a fim de contar para seus amigos nerds, Radar e Ben (fundamentais na trama), como fora a noite dele, e também encontrar Margo para saber se a amizade de infância iria voltar ou se ela ainda o ignoraria como sempre fazia quando estava com seus amigos populares. Mas Maro não estava lá. Nem no outro dia. Nem depois de muito tempo.
"Margo sumia com tanta frequência que ninguém organizava campanhas no colégio para encontrá-la ou coisa parecida, mas todos sentíamos sua falta."
  Sempre enigmática, Margo agora se torna um mistério. Ela não ficava fora assim tanto tempo. As pessoas já estavam se acostumando sem a sua presença, mas Quentin não. Ele queria encontrá-la e sabia que ela queria que ele a encontrasse. Mas por que raios ela faria algo nesse nível?
"Margo não era um milagre. Não era uma aventura. Nem uma coisa sofisticada e preciosa. Ela era uma garota."
   Diferente do que você viu em A culpa é das estrelas e Teorema Katherine, Cidades de papel é um suspense intrigante, mas sem perder o bom humor e a inteligência dos personagens e claro, os enredos carregados de detalhes preciosos.
   Cidades de papel, além de divertido, é um livro reflexivo que nos faz pensar que nem sempre as pessoas são como acreditamos ser. Elas escondem suas verdadeiras identidades, vivem personagens para serem aceitos e se submetem a coisas absurdas fora de nossas vistas. Mas será que é isso o que realmente importa? No final das contas, estamos afastando as pessoas que realmente merecem nossa atenção e nos aproximando daqueles que não agregam nada em nossas vidas. E o final é trágico: nunca encontraremos o nosso Eu.
"A cidade era de papel, mas as memórias, não."
 

Helesanbimalena :)

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