sexta-feira, 25 de julho de 2014

Feliz dia nacional do escritor!!!!!!!!!!!!



   O dia 25 de julho é um dia dedicado a homenagear o escritor brasileiro, aquele que elabora artigos científicos, pautados em verdades comprovadas, ou textos literários, divididos em vários gêneros.

   O surgimento da data se deu a partir da década de 60, através de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, quando realizaram o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente. Porém, de alguns anos para cá, as dificuldades dos escritores tem sido muito grandes, principalmente no que diz respeito à publicação de suas obras. Despreocupados com a qualidade dos textos, mas com a quantidade de vendas dos produtos, muitos editores lançam volumes que garantem retorno econômico à empresa.
   Além disso, os meios de comunicação virtual publicam na íntegra, gratuitamente, obras de vários autores, sem considerar os respectivos direitos autorais, causando prejuízos aos mesmos.

  Em razão do mundo virtual, jovens e crianças têm perdido o contato com os livros, passando grande tempo na frente do computador ou da televisão. Com isso, o acesso ao mundo letrado tem diminuído consideravelmente, e com ele as vendas dos artigos literários.
   Ler é importante para o desenvolvimento do raciocínio, para desenvolver o aspecto crítico do leitor, criando novas opiniões e estimulando sua criatividade. Quando lemos, nos reportamos para outros lugares, como se estivéssemos viajando no tempo e no espaço.
As riquezas literárias são muitas, podendo estar divididas em textos científicos, que comprovam as teorias, e textos literários do tipo romance, comédia, suspense, poemas, poesias, biografias, músicas, novelas, obras de arte, literatura de cordel, histórias infantis, histórias em quadrinhos, dentre vários outros.

   Pesquisa realizada em 2001, pela Câmara Brasileira da Indústria do Livro, comprovou que cerca de 61% dos adultos alfabetizados do país mantém pouco contato com livros, enquanto que a camada mais baixa da população, cerca de seis milhões e meio de pessoas, alegam não ter condições de adquirir livros.

   Hoje em dia o Brasil conta com mais de trinta projetos de incentivo à leitura, bem como de divulgação das bibliotecas públicas do país e seus acervos bibliográficos, sendo o PNLL (Plano Nacional do Livro e Leitura) o mais importante deles. O programa oferece apoio a novos escritores, defende os direitos autorais dos escritores, abona apoio às publicações para novos autores, investem em traduções, mantém premiações e bolsas de incentivo para novos escritores.



Não podíamos deixar de falar de Clarice Lispector,escritora (quase) Brasileira,que inspira ate hoje os corações apaixonados,dos leitores (a).

Biografia- Clarice Lispector



   Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, na aldeia Tchetchenilk, no ano de 1925. Os Lispector emigraram da Rússia para o Brasil no ano seguinte, e Clarice nunca mais voltou á pequena aldeia. Fixaram-se em Recife, onde a escritora passou a infância. Clarice tinha 12 anos e já era órfã de mãe quando a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Entre muitas leituras, ingressou no curso de Direito, formou-se e começou a colaborar em jornais cariocas. Casou-se com um colega de faculdade em 1943. No ano seguinte publicava sua primeira obra: “Perto do coração selvagem”. 

   A moça de 19 anos assistiu à perplexidade nos leitores e na crítica: quem era aquela jovem que escrevia "tão diferente"? Seguindo o marido, diplomata de carreira, viveu fora do Brasil por quinze anos. Dedicava-se exclusivamente a escrever. Separada do marido e de volta ao Brasil, passou a morar no Rio de Janeiro. Em 1976 foi convidada para representar o Brasil no Congresso Mundial de Bruxaria, na Colômbia. Claro que aceitou: afinal, sempre fora mística, supersticiosa, curiosa a respeito do sobrenatural. Em novembro de 1977 soube que sofria de câncer generalizado. 

   No mês seguinte, na véspera de seu aniversário, morria em plena atividade literária e gozando do prestígio de ser uma das mais importantes vozes da literatura brasileira.

Frases (com fotos) de Clarice Lispector.










Precisamos dizer mais alguma coisa sobre Clarice Lispector?Nos achamos que não.

Apaixonadas por Clarice Lispector S2!!!
Helesanbimalena :3







domingo, 20 de julho de 2014

Feliz dia Internacional da Amizade e do Amigo!!!!!!!!!!!!

   O Dia do Amigo é comemorado em várias datas no Brasil, mas o 20 de julho é a data oficial do Dia do Amigo, que é ao mesmo tempo o Dia Internacional da Amizade.

   O Dia do Amigo é oficialmente comemorado em 20 de julho, e é uma data para celebrar a amizade, e é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras.

   A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro, que com a chegada do homem à lua,  enviou cerca de quatro mil cartas para diversos países e idiomas, pois ele considerava a chegada do homem a lua significava que se os homens se unissem, não haveria objetivos impossíveis.



Para comemorar este dia especial,fizemos uma Playlist para você ouvir com seus amigos(a)

Valeu amigo-Mc Pikeno e Menor


Amizade é tudo-Jeito Moleque e Thiaguinho


Amigos pela fé-Anjos do resgate.





Obrigado por estar aqui-Rosa de Saron



Fim de Ano-Rafinha


Amigo estou aqui-Toy story



Superfantastico-Balão Magico


Boa noite vizinhança-Chaves


Amigos para sempre - Jane e Herondy


Fico Assim sem Você-Claudinho e Buchecha


Mais uma vez-Legião Urbana


Tempo Perdido-Legião Urbana





Alem das musicas escolhemos algumas frases que representam a amizade (a nossa principalmente #Helesanbimalenaeternamente)


"Se o seu amigo, pulasse de um penhasco, você pularia atrás dele? 
- Não. 
- Porque? 
- Porque eu estaria lá embaixo para segurá-lo."
(autor desconhecido)


"Amigo é aquele que, divide as coisas com você, que sabe do que você mais gosta, é aquele que te protege não por obrigação, mas por vontade. Amigo é simplesmente sua força para viver a cada instante feliz."(Carry On Always)


"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante."
(Marcos Lara Resende)

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.
(Confúcio)


Esperamos que vocês tenham gostado!!!

Helesanbimalena S2







domingo, 6 de julho de 2014

Uma provável continuação de "A Culpa é das Estrelas".


   Um fã que não sei o nome criou uma continuação de “A Culpa é das Estrelas”. Leia até o final, você não irá se arrepender.


   "Hoje faz exatamente um ano que Augustus Waters morreu. Não havia mais aqueles olhos azuis, não havia mais ligações durante a noite, nem metáforas. Só eu e meu câncer.Relembrar a morte dele era como ter água nos pulmões: Sufocante e doloroso, uma dor que nunca passava. Estava vivendo naquela terceira dimensão só nossa. Minha e do Gus.Desta vez, terrivelmente sozinha.Sou a paciente de uso contínuo mais longo do Falanxifor. O remédio funcionava para mim, mas não para todo mundo.Me sinto sozinha, e não vejo motivos para meus pulmões continuarem em sua luta contra essa praga de câncer. 

   O dia começou como todos os outros. Me desliguei do biPAP, me liguei ao Felipe e assisti alguns episódios gravados de America’s NextTop Model na cama. Abri o e-mail para reler os quatro anexos que Lidewij Vliegenthart havia lhe mandado um ano atrás. Isso era reconfortante, como se uma parte dele tivesse ficado comigo.Um novo email tinha chegado uma semana atrás, e eu nem tinha notado.” Querida Hazel,Desde que Peter leu as últimas cartas que Augustus escreveu, se encontra mudado. Parou de beber e começo a escrever um novo livro, sem nome definido ainda. Ele está contando sua história. De vocês, na verdade. Sua de Augustus. E em breve te mandará os primeiros capítulos.Van Houten também pretende fazer uma continuação de Uma Aflição Imperial, contando o que aconteceu com a mãe da Anna, o Homem das Tulipas Holandês, com o hamster e com todos os outros. 

   Isso é o que podemos chamar de milagre não acha? Estou realmente muito feliz, acho que tudo vai dar certo agora. Espero te ver novamente. Sua amiga,Lidewij Vliegenthart “ Na mesma manhã, coloquei alguns sanduíches de tomate e queijo dentro de uma cesta de pique-nique,carregando o UAI e saí.Quando cheguei ao meu destino,sentei-me num banco e li um pouco do livro. Assim como Uma Aflição Imperial, a existência de Augustus foi,de certa forma, rápida, marcante e finita.Fui até a última página em branco,peguei uma caneta e comecei a escrever.”

   Augustus Waters, Uma vez, você me pediu um elogio fúnebre, e eu não disse nem ametade da metade do que deveria ter dito. Amo seu sorriso torto e amo sua voz.Amo o fato de me chamar de Hazel Grace, e não só Hazel como todos.Amo suas lindas pernas e o modo como você anda.É muito egoísmo da minha parte,mas queria ter morrido antes. Bem,o mundo não é uma fábrica de realização de desejos.Ah, Isaac está ótimo. Veio me ver alguns dias atrás - Não literalmente,claro. - E me contou que a Mônica apareceu em sua casa com o novo namorado para ameaçá-lo pelos ovos que vocês jogaram no carro. Ele apenas bateu a porta na cara dela e disse que no momento não sentiu nada, mas instantes depois foi jogar Counterinsurgence 2: O preço do alvorecer enquanto chorava. Sem troféus quebrados dessa vez.Seus pais espalharam mais encorajamentos pela casa. E está tudo bem com as suas irmãs.Meus pais choram bastante ultimamente. 

   A unica coisa pior do que morrer com um câncer aos dezessete anos é ter um filho morrendo de câncer aos dezessete anos. Então respiro fundo - ou quase- E tento consolá-los. Sou uma granada, e aprendi que é impossível tentar salvar os outros de minha própria explosão iminente.E o que eu queria dizer aqui ainda não disse, não caberia nesse pequeno espaço em branco na folha. Afinal, não é todo dia que encontramos um cara que não tenha perna e ao mesmo tempo tenha as pernas mais lindas do universo. Um cara que gaste seu unico desejo pra me levar à Amsterdã e beber estrelas comigo. E não, não me arrependo deter ido à Disney, foi bem legal.” Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações. ” 

   Você não é um escritor tão ruim assim sabia? Alguns infinitos são maiores que outros, Augustus. O nosso infinito durou muito pouco. Mas agora, farei com que ele se prolongue.Da sua,Hazel Grace. “Arranquei um pedacinho do livro e escrevi:”Fui atrás de Augustus Waters, esse é o meu destino. Me desculpa. Amo vocês.Tirei a cânula e esperei que a escuridão viesse.- Okay. - Disse num último suspiro."



Autor(a) do texto se pronuncie PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Helesanbimalena:)







sexta-feira, 4 de julho de 2014


Resenha

Deixe a Neve Cair – John Green, Maureen 

Johnson e Lauren Myracle


   O livro, em geral, me conquistou. O ponto alto: como as três histórias se encontram de alguma maneira. Essa parte foi genial! O livro todo foi. Quando três ótimos autores se juntam para escrever um livro, o resultado não poderia ser nada mas espetacular. Cada um dos três contos possui um protagonista único, e os três são bem cativantes. O livro é montado por três contos, cada um de um autor diferente. Eles têm como cenário uma cidade pequena que foi atingida por uma nevasca que: prendeu uma garota no trem com lideres de torcida afetadas, fez três amigos interromperem uma maratona de filmes para levar um twister para as mesmas lideres de torcida e deprimiu uma adolescente ao parar o mesmo trem e impedir seu namorado de chegar até ela. Mas tudo isso de uma forma divertida, intrigante e definitivamente romântica.
O EXPRESSO JUBILEU- Maureen Johnson
   Jubileu é uma adolescente que esperava comemorar duas coisas com seu namorado: o natal e o aniversário de um ano do casal. Mas quando seus pais – colecionadores fanáticos da  Cidade do Papai Noel Flobie – são presos por causa de uma confusão que ocorreu quando eles estavam na fila para conseguir uma peça para a coleção. Com isso, Jubileu foi forçada a entrar num trem e ir para a casa da sua avó para passar o Natal lá. Mas com a nevasca que atacou a cidade, o trem teve um problema e ficou parado em frente a uma Waffle House. Como se não pudesse piorar, Jubileu teve que aturar lideres de torcida afetadas no trem e no restaurante. Mas tudo muda quando ela conhece Stuart e ele a convida para ir para a casa dele- e ela aceita.

   Ele mora com a irmã mais nova e sua mãe, e Jubileu acaba ficando na casa deles durante a noite, simplesmente porque não há outra alternativa. Ela se sentia culpada por estar “abandonando” o namorado desse jeito, mas ao longo do conto ela percebe que, na verdade, ele não se importa. Ela percebe que tem mais em comum com Stuart do que pensava e uma coisa que a mãe dele diz a faz pensar bastante e faz uma coisa que deixa o conto beeem romântico. O final é bem previsível, mas é fofo do mesmo jeito.

   O modo como Maureen escreveu uma história dessa sem ser melosa demais vai agradar muitos. Pra mim, esse foi o melhor conto dos três. Maureen tem um escrita suave, eu acabei o conto sem perceber e querendo mais. Depois desse livro, definitivamente irei comprar algum livro da autora.

O MILAGRE DA TORCIDA DE NATAL- John Green

   Já li todos os livros do Generic Viagra John publicados no Brasil e preciso dizer que esse foi o que eu menos gostei. É bom, mas não como as outras coisas que ele escreveu. O conto é meio lento e só fica mais agitado no final, e quando você chega nessa parte fica mais difícil de parar de ler. Como tudo do Green, tem romance na história, mas só acontece no final do conto.

   Esse conto se passa na mesma cidade do primeiro, e conta a história de três amigos que interrompem uma maratona de filmes na noite antes do Natal para levar um twister até a Waffle House. Eles tomam essa decisão após um amigo ligar para eles avisando que um trem cheio de lideres de torcida empacou em frente a sua loja, e elas estão lá e querem um twister. Os três adolescentes- JP, Duke e Tobin- estão numa corrida contra mais dois grupos que também foram convidados a levar o jogo até o local. A princípio, eles estão com uma vantagem sobre os outros grupos, mas quando o carro deles fica preso num monte de neve a uma distância razoavelmente grande da lanchonete, as coisas complicam.

   Correndo contra dois grupos e uma nevasca, as chances de eles chegarem primeiro parecem quase impossível. Para descobrir se eles conseguem ou não, vocês precisam ler o livro.
No geral, gostei do conto, mas se fosse menos lento no começo, seria melhor. Lendo o conto dá consegue-se perceber que é do John, porque ele tem um jeito especial, mas não é o seu melhor trabalho.


   O SANTO PADROEIRO DOS PORCOS- Lauren Myracle

   Esse pode não ser o melhor conto do livro, mas é o mais divertido. Após passar por um término de namoro, Addie está desesperada. Ela está deprimida e passando por uma crise. Após convidar Jeb (seu ex namorado) para encontrá-la no Starbucks e ele não aparecer, ela se desespera e num impulso corta seu cabelo e o pinta de rosa. Depois disso, vai para a casa e fica lamentando por tudo.

   Na manhã de Natal, ela chama suas melhores amigas para ter apoio, mas não sai como o esperado. Acaba brigando com elas, porque uma delas acha que Addie só pensa em si mesma, e ao longo do conto outras pessoas  (inclusive ela mesma) dizem isso. Mas ela muda, e no final da história ela é uma pessoa bem diferente. Consegue seu namorado de volta, e prova que não pensa só em si mesma quando consegue pegar o Gabriel para sua amiga- apesar de todos os empecilhos.

   O final é meio inesperado, e gostei da maneira como tem personagens dos três contos no mesmo lugar, e eles têm uma ligação.



Helesanbimalena :)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Resenha

Cidades de Papel-John Green





   Tudo começa quando Margo Roth Spiegelman, a “gostosa” e popular “cujo as histórias de aventuras épicas se espalhavam pela escola como uma tempestade de verão”, invade o quarto do centrando e nerd Quentin Jacobsen com uma proposta bem esquisita. Quentin aceita (afinal, quem não aceitaria fazer qualquer coisa de Margo pedisse?), mas mal sabe ele que morar ao lado dessa gata foi a pior coisa que lhe aconteceu.
" Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que estão erradas. E vamos estragar algumas que estão certas. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra."
  
   Margo tem 11 coisas secretas bizarras para fazer e envolve Quentin nisso, mas ele só sabe que não haverá um delito. Quentin Ajuda Margo na missão e volta para casa atônito pelas coisas que fez e com quem fez (se você não percebeu ainda, Quentin tem uma queda pela “gostosa” da história) e a tempo de ir para a escola. Seus pais psicólogos, que o tornaram centrado emocionalmente, não desconfiam de nada.  Até esse momento da história a obra é apenas um ótimo livro de John Green, mas depois disso, ele se torna UM ÓÓÓÓÓÓTIMO LIVRO DE JOHN GREEN.
"você vai para as cidades de papel e nunca mais voltará."
  Quentin vai para a escola a fim de contar para seus amigos nerds, Radar e Ben (fundamentais na trama), como fora a noite dele, e também encontrar Margo para saber se a amizade de infância iria voltar ou se ela ainda o ignoraria como sempre fazia quando estava com seus amigos populares. Mas Maro não estava lá. Nem no outro dia. Nem depois de muito tempo.
"Margo sumia com tanta frequência que ninguém organizava campanhas no colégio para encontrá-la ou coisa parecida, mas todos sentíamos sua falta."
  Sempre enigmática, Margo agora se torna um mistério. Ela não ficava fora assim tanto tempo. As pessoas já estavam se acostumando sem a sua presença, mas Quentin não. Ele queria encontrá-la e sabia que ela queria que ele a encontrasse. Mas por que raios ela faria algo nesse nível?
"Margo não era um milagre. Não era uma aventura. Nem uma coisa sofisticada e preciosa. Ela era uma garota."
   Diferente do que você viu em A culpa é das estrelas e Teorema Katherine, Cidades de papel é um suspense intrigante, mas sem perder o bom humor e a inteligência dos personagens e claro, os enredos carregados de detalhes preciosos.
   Cidades de papel, além de divertido, é um livro reflexivo que nos faz pensar que nem sempre as pessoas são como acreditamos ser. Elas escondem suas verdadeiras identidades, vivem personagens para serem aceitos e se submetem a coisas absurdas fora de nossas vistas. Mas será que é isso o que realmente importa? No final das contas, estamos afastando as pessoas que realmente merecem nossa atenção e nos aproximando daqueles que não agregam nada em nossas vidas. E o final é trágico: nunca encontraremos o nosso Eu.
"A cidade era de papel, mas as memórias, não."
 

Helesanbimalena :)
Resenha


Will & Will-John Green e David Levithan



   Se teve um livro que abalou o mercado editorial esse ano, esse foi Will & Will. Muita gente ficou super animada pelo romance homossexual desses dois autores que estão fazendo um sucesso enorme atualmente enfim chegar ao Brasil e estou incluída nessa. Porém, apesar do receio que temos quando estamos com altas expectativas, eu não me decepcionei. Muito pelo contrário: esse livro foi uma grata surpresa e acabei gostando tanto que hoje ele é um dos meus queridinhos da estante.

   Will Grayson é um adolescente sem muitos atributos chamativos. Ele é tímido, um pouco desajeitado demais para o comum. Seu melhor amigo é o fabuloso Tiny Cooper, um garoto grandalhão, homossexual assumido e que está planejando um musical para contar a história da sua vida. O outro Will Grayson é um garoto introspectivo, depressivo e homossexual. Em um acaso do destino, os Will Grayson e Will Grayson acabam se encontrando. A partir desse momento, o rumo de suas vidas é totalmente alterado.

"– Quem é você?

Eu me levanto e respondo.

–Hã, eu sou Will Grayson.
– W-I-L-L G-R-A-Y-S-O-N? – pergunta soletrando impossivelmente rápido.
– Hã, sim – digo – Por que a pergunta?
O garoto me olha por um segundo, a cabeça inclinada como se pensasse que eu poderia estar passando um trote nele. Então finalmente diz:
– Porque eu também sou Will Grayson."


  John Green e David Levithan. Dois autores que estão na boca das pessoas aficionadas por livros e que até então eu não tinha tido experiência alguma por causa da minha falta de tempo. Tanta gente tinha me falado que eu deveria ler algo dos dois e eu só falava: “tenho mesmo” e nunca parava para ler. Quando eu tive a oportunidade de conhecer os dois autores com um livro só, foi quase que amor instantâneo. Minhas expectativas não poderiam estar mais certas: um livro especial, que transmite uma lição importante de maneira suave e que encanta qualquer leitor.

   Uma das coisas que mais me agradaram, também foi o motivo de grande receio: ter dois autores escrevendo o mesmo livro nem sempre é uma coisa boa. Já vi grandes histórias sendo arruinadas por causa da falta de sincronia entre os autores. Mas, felizmente, John Green e David Levithan são únicos: se alguém me falasse que aquele livro era de um autor só, eu acreditaria. Um completa o outro de uma forma extremamente natural, o que fez com que o enredo fluísse perfeitamente sem perder o fio da meada em momento algum.

   Como são narrativas alternadas, a cada capítulo vemos a perspectiva de um Will, cada um deles escrito por um autor. Para ajudar na identificação, até a diagramação entre um Will e outro é diferente. Mas a essência que cada autor dá para o personagem que escreve é o grande diferencial: gostamos tanto dos dois que não queremos que o capítulo de tal personagem acabe. É uma situação bem engraçada, na verdade. É essa empatia que você tem com os personagens que te leva até o fim, ansiando por conhecer um pouco mais sobre os dois.

   Mas aqui, o personagem secundário também tem uma veia de protagonista: Tiny Cooper rouba a cena. Por mais que eu tenha amado ambos os Will Grayson, Tiny mostrou a realidade de muitos adolescentes que se encontram em sua situação. Na verdade, todos os personagens são bem palpáveis, você vê que aquilo realmente acontece. Essa proximidade com eles é muito interessante para quem está lendo se envolver ainda mais na história.

"Eu só te amo. Quando foi que quem você quer foder se tornou mais importante? Desde quando a pessoa que você quer foder é a única pessoa que você (...) Quero dizer, meu Deus, quem se importa com a porra do sexo?! As pessoas agem como se essa fosse a coisa mais importante que os seres humanos fazem, mas vamos combinar. (...) Quero dizer, tudo gira em torno de quem você quer foder e se você fode com essa pessoa? Essas perguntas são importantes, eu acho. Mas não tão importantes assim. Sabe o que é importante? Por quem você morreria? Por quem você acorda as 5:45 sem nem saber pra que ele precisa de você? De que bêbado você limparia o nariz?" 
   O romance homossexual está presente sim, mas não é tratado como um tabu. Esse é o foco: mostrar que isso existe, faz parte do dia-a-dia e precisa ser algo para encararmos com naturalidade. Sei que muita gente vai deixar de ler esse livro por causa desse aspecto, mas eu ainda acho que ele vale a pena ser lido, nem que seja para sair da sua zona de conforto. A lição de amor, superação, amizade é tão grande que faz com que o livro transcenda essa classificação e se torne lindo ser lido e traga uma carga de reflexão enorme.

  Will & Will é um livro único. Não consegui nem falar metade de tudo o que ele me proporcionou durante a leitura. Foram muitos sentimentos abordados, tanta coisa para pensar e absorver. Carregado de bom humor, de realidade, de originalidade, esse é um livro que vai ficar martelando em sua cabeça por um bom tempo até que você consiga pegar tudo o que ele tem a te transmitir. Vale a pena mesmo dar uma chance, mesmo que isso te tire de sua zona de conforto.




Helesanbimalena:)
Resenha 
O Teorema de Katherine-John Green 




   Quando se trata de John Green eu não penso duas vezes antes de começar a ler os livros dele, e com O Teorema Katherine não foi diferente.
  Em O Teorema Katherine, conhecemos Colin Singleton, um garoto prodígio viciado em anagramas e que tem um carma com Katherines, pois seus relacionamentos (19 no total), foram todos com garotas com o mesmo nome e acabaram mal (ou quase isso).

Colin conhece Katherine. Katherine gosta de Colin. Colin e Katherine namoram. Katherine termina com Colin. É sempre assim. 

   Então, depois de todos esses foras e uma desilusão amorosa, Colin parte com Hassan, seu melhor amigo, para uma viagem e acabam no Tennessee onde conhecem Lindsey e a vida dos dois começa a mudar. 
   
Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem – Deus o livre – Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas – cada uma, individualmente falando – terminaram com ele.”

  Colin é um personagem interessante, com seus pensamentos de “gênio matemático” e teoria diverte o leitor e traz traços de outros personagens do John Green, mas prefiro não comparar os livros dele, já que não tem ligação nenhuma.
   Colin adotou a missão de elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever com pura matemática o desfecho de qualquer relacionamento.

“Eu não acho que seja possível preencher um espaço vazio com aquilo que você perdeu. Não acho que nossos pedaços perdidos caibam mais dentro da gente depois que eles se perdem. Agora foi a minha ficha que caiu: se eu de alguma forma a tivesse de volta, ela não encheria o buraco que a perda dela deixou.”

   Ao longo do caminho, Colin percebe que talvez seja a hora de deixar um pouco os fatos e teorias de lado e se entregar aos prazeres da vida dando chances ao destino.
  O livro é cheio de gráficos e fatos aleatórios, que podem confundir o leitor num primeiro instante, mas logo a narrativa de John Green se sobrepõe aos fatores matemáticos e torna a leitura de O Teorema Katherine uma experiência com momentos engraçados e pensativos, assim como em A Culpa é das Estrelas (sem a parte triste).

Aquele sorriso seria capaz de pôr fim a guerras e curar o câncer

   A narrativa do John Green continua sensacional e tanto a tradução, quanto a capa, está muito bem feita. Esse livro exigiu um cuidado especial na hora da tradução, já que boa parte dos anagramas apresentados no livro perderia o sentido se fossem traduzidos sem fundamentos matemáticos e rítmicos, dando uma identidade para o livro.
  Recomendo para os leitores fãs de John Green, e também para aqueles que gostam de histórias inusitadas e divertidas. Não se preocupe com os fatores matemáticos do livro, pois o próprio autor confessou nas notas finais do livro que nunca foi fã de matemática e pediu ajuda de um especialista para desenvolver os teoremas e derivados do livro.

Helesanbimalena :)